Mentira tão Grande como a Verdade do Creio em Deus Padre
Certo homem cultivava uma terra de renda. Era muito pobre. Pagava de renda pela terra cinquenta alqueires de tremoços. Um ano veio uma seca tão grande que o homem queria pagar a renda e não tinha nem um tremoço. Foi então até junto do dono da terra e pediu-lhe para lhe perdoar a renda desse ano. O dono disse-lhe: - Eu perdoo-lhe a renda, mas tem que me contar uma mentira tão grande como a verdade do Creio em Deus Padre. O homem ficou aflito, muito aflito. - Mas meu senhor, eu nunca menti! - Pois então arranja-te como quiseres. Eu só te perdoo a renda se me contares a mentira. O homem regressou a casa aflito, sem saber o que fazer da vida. O filho perguntou-lhe: - Que o traz preocupado, meu pai? - Ó filho, o dono da terra diz que só nos perdoa a renda se lhe contar uma mentira tão grande como a Verdade do Creio em Deus Padre. - Ó meu pai, não se aflija. Eu arranjo maneira de ele nos perdoar a renda. E o filho dirigiu-se a casa do dono da terra e começou a contar-lhe a mentira: - Era a hora que não era, E andava no monte. Soube que o pai era morto E a mãe por nascer. Pôs as pernas a voar E as asas a correr. Ó milão há uma grande perca Que aqui vai na geração. Fui contar as colmeias, Não dei com o conto; Fui contar as abelhas Faltava uma. Depois fomos à procura dela E fomos encontrá-la com dois lobos, Que estavam em cima de um carvalho A comê-la. Nós com um machado de pau Cortámos o carvalho E eles caíram cá em baixo. Tirámos dos quartos da abelha (Que o resto tinham comido os lobos), Dez almudinhos de mel. Ficámos aflitos: - Agora que vamos fazer a este melzinho? Do pescoço tirou uma pulga Esfolou-a e deitou-lhe 5 almudes de mel. Foi outra vez ao pescoço e tirou outra pulga. Esfolou-a e deitou-lhe os outros 5 almudes de mel. - E agora já temos vasilhas para o mel, Mas como o havemos de levar? Tirou outra pulga que era uma mulinha. Mas não tinham cordas... Deitou a mão à cabeça e tirou um cabelo. Singelo não dava, mas dobrado ainda sobravam 35 cm. E lá levaram a mulinha com mel. Como estavam longe de casa, anoiteceu-lhe pelo caminho. Chegaram a uma serra e descarregaram a mula. Deitaram a albarda a pastar, E a mulinha debaixo da cabeça; E eles ficaram a dormir. De madrugada ouviram o toque das Avé-Marias. O sino era de cortiça, E o badalo de lã, E ouvia-se a 355 léguas em redor. Levantaram-se, Agarraram a albarda que andava a pastar, E carregaram a mula. Foram para casa. Quando chegaram a casa, Viram que a mula levava uma chaga muito grande. Foram com ela ao ferrador. Ele disse: - Isto só sara se moerem uns poucos de tremoços, E lhos deitarem por cima. Eles assim fizeram. Ao outro dia foram ver a mula, E tinha nascido um tremoçal tão grande, Que tiveram de rogar a freguesia toda, para ceifar os tremoços. E lá colheram 300 alqueires de tremoços. E assim o dono da terra perdoou a renda desse ano.
Ainda me lembro da minha avó paterna me contar esta lenda, tão tradicional nesta povoação...
Uma empresa Madeirense, consolidada no mercado internacional e principalmente em Portugal, irá instalar-se na futura Zona Industrial da Freguesia, criando para cima de centena e meia de postos de trabalho directos. Fonte felina garantiu-me que a negociação foi encetada este fim de semana pelo autarca local e pelo seu análogo da Madeira.
Esta viagem afinal tinha um fim muito grandioso e proveitoso para a freguesia! Obrigado sr. Presidente e sua competentíssima e presente Secretária. Valeu a pena!
bemmmm oh Martins... vê se te inspiras!!! eu até gosto de preto... mas o teu blog tá muito paradito... não é certamente por não saberes ecrever... pk és rapazinho k não precisa de formaçao da EFA lá em Guimarães!!!!
Fracasso... para quem nao sabe no ano em que foi feito este passeio a comissao de festa que o organizou consegui angariar 5.250 euros de lucro. nao so do passeio mas de todos os enventos que foram feitos nesse ano... Sabine
7 comentários:
Chíça!!! Tardaste a mudar o post!
Onde andaste, ò meu?
O magano do corvo teima em dar ao bico!
Será que tá ca febre das pitas?
Mentira tão Grande como a Verdade do Creio em Deus Padre
Certo homem cultivava uma terra de renda. Era muito pobre. Pagava de renda pela terra cinquenta alqueires de tremoços.
Um ano veio uma seca tão grande que o homem queria pagar a renda e não tinha nem um tremoço. Foi então até junto do dono da terra e pediu-lhe para lhe perdoar a renda desse ano. O dono disse-lhe:
- Eu perdoo-lhe a renda, mas tem que me contar uma mentira tão grande como a verdade do Creio em Deus Padre.
O homem ficou aflito, muito aflito.
- Mas meu senhor, eu nunca menti!
- Pois então arranja-te como quiseres. Eu só te perdoo a renda se me contares a mentira.
O homem regressou a casa aflito, sem saber o que fazer da vida. O filho perguntou-lhe:
- Que o traz preocupado, meu pai?
- Ó filho, o dono da terra diz que só nos perdoa a renda se lhe contar uma mentira tão grande como a Verdade do Creio em Deus Padre.
- Ó meu pai, não se aflija. Eu arranjo maneira de ele nos perdoar a renda.
E o filho dirigiu-se a casa do dono da terra e começou a contar-lhe a mentira:
- Era a hora que não era,
E andava no monte.
Soube que o pai era morto
E a mãe por nascer.
Pôs as pernas a voar
E as asas a correr.
Ó milão há uma grande perca
Que aqui vai na geração.
Fui contar as colmeias,
Não dei com o conto;
Fui contar as abelhas
Faltava uma.
Depois fomos à procura dela
E fomos encontrá-la com dois lobos,
Que estavam em cima de um carvalho
A comê-la.
Nós com um machado de pau
Cortámos o carvalho
E eles caíram cá em baixo.
Tirámos dos quartos da abelha
(Que o resto tinham comido os lobos),
Dez almudinhos de mel.
Ficámos aflitos:
- Agora que vamos fazer a este melzinho?
Do pescoço tirou uma pulga
Esfolou-a e deitou-lhe 5 almudes de mel.
Foi outra vez ao pescoço e tirou outra pulga.
Esfolou-a e deitou-lhe os outros 5 almudes de mel.
- E agora já temos vasilhas para o mel,
Mas como o havemos de levar?
Tirou outra pulga que era uma mulinha.
Mas não tinham cordas...
Deitou a mão à cabeça e tirou um cabelo.
Singelo não dava, mas dobrado ainda sobravam 35 cm.
E lá levaram a mulinha com mel.
Como estavam longe de casa, anoiteceu-lhe pelo caminho.
Chegaram a uma serra e descarregaram a mula.
Deitaram a albarda a pastar,
E a mulinha debaixo da cabeça;
E eles ficaram a dormir.
De madrugada ouviram o toque das Avé-Marias.
O sino era de cortiça,
E o badalo de lã,
E ouvia-se a 355 léguas em redor.
Levantaram-se,
Agarraram a albarda que andava a pastar,
E carregaram a mula.
Foram para casa. Quando chegaram a casa,
Viram que a mula levava uma chaga muito grande.
Foram com ela ao ferrador. Ele disse:
- Isto só sara se moerem uns poucos de tremoços,
E lhos deitarem por cima.
Eles assim fizeram.
Ao outro dia foram ver a mula,
E tinha nascido um tremoçal tão grande,
Que tiveram de rogar a freguesia toda, para ceifar os tremoços.
E lá colheram 300 alqueires de tremoços.
E assim o dono da terra perdoou a renda desse ano.
Ainda me lembro da minha avó paterna me contar esta lenda, tão tradicional nesta povoação...
Uma empresa Madeirense, consolidada no mercado internacional e principalmente em Portugal, irá instalar-se na futura Zona Industrial da Freguesia, criando para cima de centena e meia de postos de trabalho directos.
Fonte felina garantiu-me que a negociação foi encetada este fim de semana pelo autarca local e pelo seu análogo da Madeira.
Esta viagem afinal tinha um fim muito grandioso e proveitoso para a freguesia!
Obrigado sr. Presidente e sua competentíssima e presente Secretária.
Valeu a pena!
Obrigadinho...
Zé Alho
bemmmm oh Martins... vê se te inspiras!!! eu até gosto de preto... mas o teu blog tá muito paradito... não é certamente por não saberes ecrever... pk és rapazinho k não precisa de formaçao da EFA lá em Guimarães!!!!
também vais colaborar no fracasso.
Fracasso... para quem nao sabe no ano em que foi feito este passeio a comissao de festa que o organizou consegui angariar 5.250 euros de lucro. nao so do passeio mas de todos os enventos que foram feitos nesse ano... Sabine
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