quarta-feira

PASSEIO TODO O TERRENO POR TERRAS TAVARES


Realizou-se no passado fim de semana ( Sábado) um raid passeio para viaturas todo terreno e motos, cuja organização coube à Comissão de Festas de Chãs de Tavares 2008.


Foram cerca de 60 viaturas e uma centena de participantes, que tiveram o prazer de gozar um dia de aventura, além de “encherem” a vista com paisagens estupendas e de se deliciaram com uma gastronomia tipicamente beirã.


Logo de manhã os participantes depois do típico “mata bicho”, saíram para o fora de estrada quando eram 10 horas da manhã. Depois de terem usufruído da paisagem envolvente do rio Ludares, e do vale do Dão, desceram até á bela Quinta da Boavista para retemperar forças, e saborear uma “piqueta” tipicamente beirã onde a chouriça a morcela e a farinheira, assim como o queijo da serra e o presunto serrano eram reis, acompanhados pelo Dão branco e tinto “Terras de Tavares” colheita da própria quinta.


Estômago aconchegado e arrancou-se para mais uma etapa, com a subida á serra de Real, para logo a seguir descer ao fundo do Coval. Com a espectacular passagem pelo leito da Ribeira de Ludares em Quintela de Azurara, ( para desempoeirar) seguiu-se para o alto da serra da Poisada e deliciar as vistas com paisagem aí oferecida. Passamos à “Beira de Gil Vicente” como é quem diz em Guimarães de Tavares, para depois nos entranharmos no meio dos pinhais e a seguir subir pela “picada”do lado sul do monte da Srª do Bom Sucesso, onde nos aguardava uma pista de obstáculos e lama, que foi percorrida depois de retemperadas as forças com um magnifico e tradicional almoço servido no Monte.


Está pois de parabéns a Comissão de Festas 2008, assim como todos o que ajudaram a organizar este evento, que pela opinião geral dos participantes foi um surpreendente sucesso.

Depois de muitos fins de semana que passei ajudar na preparação deste passeio, também eu estou muito orgulhoso pelo sucesso e por ter feito parte da organização.

quinta-feira

A MINHA COLABORAÇÃO


Além do reconhecimento do percurso para a execução do Road Book, esta é mais uma minha colaboração com a Comissão de Festas 2008.

segunda-feira

Figuras ILustres (Manuel de Oliveira)




Natural de Matados, freguesia de Chãs de Tavares no concelho de Mangualde, Manuel Oliveira apresentou- se aos 19 anos no Sporting para ser ciclista. Mas, como não levava bicicleta, acabou por experimentar o atletismo. Foi o primeiro grande fundista português levado a grande plano por Moniz Pereira.


Com seis meses de atletismo, bateu o recorde nacional de juniores de 5.000 metros, com 14.23,8, aproximando-se a pouco mais de cinco segundos do recorde nacional que Manuel Faria então detinha.

Escassos três meses depois, Oliveira estreava- se nos Jogos Olímpicos, sendo sexto nas meias- finais dos 5.000 metros com 14.15,6, novo recorde de Portugal e ibérico!

Ao ser quarto classificado nos 3.000 m obstáculos dos jogos olímpicos de Tóquio’1964, Manuel Oliveira esteve bem perto (pouco mais de dois segundos) de se tornar o primeiro atleta português medalhado olímpico, doze anos antes de Carlos Lopes ter conseguido essa proeza.

Depois da auspiciosa estreia olímpica em Roma´1960, com 20 anos (bateu o recorde nacional de 5.000 m), Manuel Oliveira começou a dedicar-se também aos obstáculos, especialidade na qual se tornaria o primeiro português abaixo dos nove minutos, em Abril de 1964.

Seis meses depois, chegava a 8.36,2, marca que lhe valeu o quarto lugar olímpico, depois de ganhar a sua eliminatória com 8.40,8.

Estaria ainda nos Jogos do México´1968, mas já sem poder brilhar. Os problemas no tendão de Aquiles, que cedo haveriam de lhe cortar a carreira, fizeram- se sentir. Entretanto, ele fora 19 vezes internacional, sagrara-se 17 vezes campeão nacional e foi recordista nacional de várias especialidades dos 1.500 aos 10.000 metros. Sucedeu-lhe... Carlos Lopes!

Os seu méritos desportivos por todos reconhecidos, tem aqui na sua terra o seu nome imortalizado com uma praça, assim como na sede do seu concelho dando o nome à rua principal de acesso ao Estádio.
A Associção de Desenvolvimento e Culura, da sua terra natal, também lhe fez uma homenagem pública, tendo ele oferecido uma pequena parte dos seus troféus, e medalhas conquistados que aí poderão ser admiradas.

Actualmente, este nosso amigo e conterrâneo o Manel "Bicharel", como é carinhosamente, conhecido por todos cá na terra, encontra-se reformado e a viver em Lisboa, mas passando a maior parte do tempo por cá na aldeia em casa da família que recuperou, dedicando-se com grande paixão à agricultura biológica para seu consumo, assim como à vitivinicultura, produzindo um tinto do Dão (só para os amigos) de altissima qualidade.

Que continues com muita saúde por cá, é o que todos os teus amigos te desejam, incluindo eu.

A. Martins

quinta-feira

FIGURAS ILUSTRES E "CROMOS" CÁ DA TERRA

Porque, a história desta pequena aldeia, fez-se e faz-se com todos, os que aqui vivem, ou viveram, assim como os que já partiram. Todos deixaram, ou deixarão, a "marca" da sua passagem, uns com mais intensidade que outros, mas todos sem exepcção a sua passagem será sempre indelével, para os seus descendentes.
Nos próximos posts irei tentar "homenagear" de uma forma singela, recordando pessoas com quem convivi e permanecem na minha memória, umas pelos bons momentos de boa disposição que me fizeram passar, outros pelos conselhos que me deram para a vida e que contribuíram para que eu amadurecesse com verticalidade, honestidade e o respeito pelo próximo.
Outros recordarei pelo contributo que de alguma forma deram para desenvolvimento e divulgação desta pequena aldeia, da nossa Beira Alta.
Também gostaria de aqui fazer recordar aqueles que embora não tenha conhecido outras pessoas houve que as conheceram e conviveram e que gostariam ver recordados.
Aqueles que eu aqui não lembrar, será por não ter os conhecido; por falta de dados (assim agradecia contributos de informação) ou então por meu esquecimento.

domingo

MATADOS/RIBEIRINHA


O primeiro nome de Matados foi Ribeirinha, devido à existência de uma ribeira que dividia e divide o povoado da Corvaceira de outro povoado, a Ribeirinha.
Só que entre os dois povos, eram frequentes as querelas e questões.
Naquele tempo, as mulheres usavam saiotes de flanela vermelha.
Então, numa altura de grande conflito, foi pendurado, junto à ribeira, no caminho que ligava à Corvaceira, um pau com um saiote vermelho.
Querendo isto dizer, que assim se acabava a comunicação entre os dois povos. Quem se aventurasse poderia sofrer as consequências. Por vezes isso aconteceu, resultando daí lutas das quais por vezes saíram feridos, alguns feridos de morte.
Quando se comentava o acontecido, na linguagem popular, diziam: “Até houve matados (* quer dizer mortos).
E assim, surgiu o nome Matados.
Ou antes, o nome de Ribeirinha foi substituído por Matados.